Gabriel Landi Fazzio
24/9/2021
“Mas Monitor representa apenas uma das variedades do oportunismo: aberta, grosseira, cínica. As outras atuam dissimuladamente, sutilmente, ‘honestamente’. Engels disse uma vez: os oportunistas ‘honestos’ são os mais perigosos para a classe operária…” (Lênin, em O oportunismo e a falência da II Internacional, citando Engels, Para a crítica do projeto de programa social-democrata de 1891).
Nos países de língua
latina, algumas palavras-chave do marxismo são vítimas de grandes ironias e
inversões. Por exemplo: para o senso comum brasileiro, os revolucionários
comunistas são “idealistas”; e as pessoas “materialistas” são aquelas que só se
importam com suas riquezas individuais. A filosofia marxista, por sua vez,
entende essas palavras de modo completamente diferente.
Evidentemente, esse
obstáculo linguístico é só uma complicação adicional no longo processo de
elevação da consciência revolucionária do proletariado. A todo tempo, em todas
as épocas, a educação revolucionária de uma classe dominada só pode ser
realizada por si própria, em meio à luta de classes, em meio à agitação, à
propaganda e à organização revolucionária independente; por meio da interação
constante, paciente e prolongada entre suas diversas camadas; entre a minoria
revolucionária do proletariado (aquela que Lênin chamava de intelectualidade
socialista) e a massa politicamente atrasada da classe (em todos seus matizes e
gradações). Para isso, é preciso que também essa camada avançada do
proletariado eleve constantemente seu próprio nível de compreensão e
organização, estando também em constante crescimento e enraizamento a partir
desse seu trabalho. Nunca é demais, então, nos determos especialmente sobre
aqueles conceitos capciosos, cujo rigor científico e teórico escorrega
perigosamente por entre os dedos.
Uma dessas palavrinhas
latinas que causam bastante confusão até entre os marxistas é o conceito de
“oportunismo”. Em nosso país, esse conceito é carregado de um sentido moral,
pessoal: dizemos que “fulano é um oportunista” quando desejamos descrever um
“aproveitador”, alguém que “se dá bem” às custas da coletividade. No movimento
popular, esse termo passa a descrever, então, uma pessoa que tenta utilizar a
força coletiva de classe dos trabalhadores para impulsionar e obter seus
interesses e vantagens pessoais. Essa carga fortemente subjetiva do conceito
acaba por estreitá-lo, tornando-o pura expressão de uma vantagem pessoal: o
oportunismo seria, nessa compreensão, apenas um sinônimo de carreirismo. O
oportunismo é, aqui, uma agenda pessoal. Mas oportunismo não é só, e nem
principalmente, a obtenção de vantagens pessoais.
É bem verdade que não
faltam, na sociedade contemporânea, carreiristas de todo o tipo que tentam
obter vantagens pessoais através desse ou daquele aspecto do movimento popular
– não só os de tipo mais comum, como os políticos parlamentares, mas também os
burocratas sindicais, advogados, ou os marxólogos acadêmicos que fazem carreira
nas Universidades às custas de uma teoria sem qualquer conexão com a prática
revolucionária etc. Mas, na história da política proletária revolucionária,
essa forma subjetiva e mais ou menos intencional não é a forma predominante e
principal que o oportunismo assume. Pelo contrário: essa forma consciente e
voluntária do oportunismo (considerado como um traço de personalidade) é aquela
da qual o movimento revolucionário se livra com maior rapidez e facilidade –
seja porque a identifica, isola e depura; seja porque, no mais das vezes, o
movimento revolucionário não dispõe de uma influência social tão massiva a
ponto de atrair tanto interesse dos políticos profissionais.
Mas basta uma breve
consulta à literatura revolucionária do século passado para verificar que esse
aspecto incidental do oportunismo sequer é mencionado, na maioria das
discussões:
A questão é puramente
de princípio: a luta deve ser conduzida como uma luta de classes do
proletariado contra a burguesia, ou deve ser permitido que, no bom estilo
oportunista (ou, como é chamado na tradução socialista: possibilista), o
caráter de classe do movimento, junto com o programa, seja posto de lado, em
toda parte onde haja uma chance de ganhar mais votos, mais adeptos, por esse
meio. (Carta de Engels a August Bebel, em outubro de 1882) [1]
A justa observação de
Parvus, de que é difícil pegar um oportunista com a armadilha de uma simples
assinatura, mais uma vez foi confirmada: facilmente ele assinará qualquer
papel, e com a mesma facilidade negará tal assinatura, pois o oportunismo
compreende exatamente a ausência de princípios determinados e firmes. Hoje os
oportunistas repudiam toda tentativa de introduzir o oportunismo, e toda
estreiteza, prometendo solenemente “não esquecer um só instante a derrubada da
autocracia”, fazer “a agitação não somente contra o capital” etc., etc. E
amanhã mudam o meio de expressão e retomam os velhos métodos sob o pretexto de
defender a espontaneidade, a marcha progressiva da obscura luta cotidiana,
exaltando as reivindicações que deixam entrever resultados tangíveis etc.
(Lênin, no “Apêndice” de Que fazer?) [2]
Nossos oportunistas
russos que, como todos os oportunistas, menosprezam a teoria do marxismo
revolucionário e o papel do proletariado como vanguarda, vivem constantemente
na ilusão de que a burguesia liberal deve ser inevitavelmente o “chefe” da
revolução burguesa. Eles falham totalmente em entender o papel histórico,
digamos, da Convenção na grande Revolução Francesa, como ditadura das camadas
mais baixas da sociedade, do proletariado e da pequena burguesia. Eles falham
totalmente em compreender a ideia da ditadura do proletariado e do campesinato
como o único baluarte social possível de uma revolução burguesa russa
totalmente vitoriosa. Em essência, oportunismo significa sacrificar os
interesses de longo prazo e permanentes do proletariado por interesses fugazes
e temporários. (Lênin, em Quem é a favor de alianças com os Kadets?) [3]
Oportunismo significa
sacrificar interesses fundamentais para obter vantagens temporárias e parciais.
Essa é a essência da questão, se considerarmos a definição teórica de oportunismo.
Muitas pessoas se extraviaram neste ponto. No caso da Paz de Brest-Litovsk,
sacrificamos os interesses da Rússia, entendidos no sentido patriótico, que
eram, na verdade, secundários do ponto de vista socialista. Fizemos sacrifícios
imensos e, no entanto, eles foram apenas secundários. (Lênin, em Discurso em um
encontro de militantes da organização de Moscou do PCR(b)) [4]
Nenhuma palavra sequer
sobre as vantagens pessoais auferidas pelos oportunistas. Engels refere-se ao
eleitoralismo, mas critica-o não como fonte de vantagens pessoais para os
parlamentares: mesmo se uma vitória eleitoral fosse considerada do ponto de
vista coletivo, partidário, como um objetivo de interesse geral do movimento,
essa vitória imediata não valia o sacrifício da agitação e da propaganda em
favor dos objetivos finais revolucionários. Lênin prossegue dizendo o mesmo: o
oportunismo consiste objetivamente no sacrifício dos interesses gerais do
proletariado em nome de interesses momentâneos e parciais, independente das
causas subjetivas desse sacrifício (que, no geral, se conectam com a debilidade
dos princípios teóricos, seja no âmbito da consciência individual, seja no
âmbito da firmeza ideológica coletiva). Vejamos os exemplos: no caso da
penúltima citação de Lênin, a causa subjetiva do reboquismo poderia ser
atribuída, simplesmente, a um erro de compreensão, a um entendimento estreito
da teoria revolucionária marxista, resultado do menosprezo por ela. Já no caso
comentado na última citação de Lênin, o oportunismo poderia ser resultado do
mais honesto sentimento patriótico, ou seja, resultado de um interesse coletivo
nacional, embora esse interesse fosse apenas parcial, do ponto de vista do
proletariado internacional. E veja: Lênin acusa gente de seu próprio partido, o
partido que fez a revolução, o partido já depurado dos mencheviques… de
extraviar-se em direção ao oportunismo – e isso sem propor a expulsão desses
“extraviados”! Como isso é possível?
Lênin compreendia que
as bases do oportunismo, essa tendência à sobreposição dos interesses imediatos
aos interesses finais, eram não somente ideológicas, mas materiais: justamente
porque o proletariado não é um todo homogêneo, é sempre possível que os
interesses corporativos de uma parte sua se sobreponham a seus interesses em conjunto.
Essa heterogeneidade, na época do capitalismo monopolista, é agravada
especialmente nos países centrais e nos setores dinâmicos da economia – daí
todas as teorizações de Lênin sobre a chamada aristocracia operária como base
material do predomínio da tendência oportunista sobre o movimento operário. [5]
Disso decorre, de um ponto de vista leninista, a necessidade da cisão política
do proletariado revolucionário em um partido comunista, independente não só em
relação à burguesia mas também em relação ao oportunismo – que Lênin também
denominou, por outras vezes, como “política liberal para operários”, ou
“trade-unionismo”: uma política abertamente reformista e conciliadora,
antirrevolucionária. Mas seria uma utopia ingênua acreditar que uma organização
pode proclamar-se revolucionária e anti-oportunista e que isso basta para
livrá-la, de uma vez por todas, de qualquer risco de degradação em direção ao
oportunismo – ou pior, acreditar que essa degradação depende apenas da intenção
carreirista maior ou menor dos membros dessa organização. Prova suficiente
disso é o processo de social-democratização de inúmeros partidos autodeclarados
comunistas e anti-social-democráticos, ao longo de todo o último século.
Por isso mesmo, o pior
risco que o movimento revolucionário pode cometer é aferrar-se a uma
compreensão unilateral e limitada do oportunismo, entendido como traço de
personalidade, ou como carreirismo individual. A pior e mais perene forma do
oportunismo é aquela inconsciente, que não se liga a qualquer vantagem pessoal,
e que se comete com toda a honestidade e zelo do mundo: como dizia Marx, o
caminho para o inferno é pavimentado por boas intenções. No mesmo sentido, o
caminho mais rápido para o rebaixamento ideológico do movimento revolucionário
é a restrição do conceito de “oportunismo” à sua forma intencional e pessoal.
Isso porque a forma mais fácil de encubar o oportunismo em uma organização
revolucionária consiste em declará-la “livre de qualquer risco de oportunismo”,
baseando-se abstratamente na boa-fé entre camaradas e contribuindo, assim, para
o rebaixamento da vigilância ideológica contra os desvios à direita que podem
sempre surgir diante de novos dilemas históricos. É preciso lembrar disso em
especial em épocas como as nossas, de refluxo do movimento operário e de
ofensiva dos reacionários, épocas nas quais a maré empurra com tanta força à
direita que arrasta inclusive muitos autoproclamados socialistas – que, em nome
de suas frentes-amplas com as classes proprietárias, ou seja, em nome do defencismo
democrático-formal imediato, abandonam a agitação e a propaganda pela revolução
socialista do proletariado (não faltam exemplos disso na realidade atual,
especialmente entre os Socialistas-e-Libertários).
Mas mesmo entre os
reformistas declarados, aqueles que são plenos e perfeitos representantes do
chamado oportunismo, ou “possibilismo”, de nada adianta a investigação das
intenções: pouco importa se (para tomarmos mais um exemplo da realidade
brasileira) Lula promove sua política conciliadora porque obtém vantagens
pessoais com isso, ou se o faz porque considera de todo o coração que esse seja
o curso de ação que trará mais benefícios ao povo pobre a curto prazo. Embora,
em todo caso, Lula forneça farto material para a agitação revolucionária, o que
importa não é demonstrar às massas que sua intenção é “indigna” – isso faria,
no máximo, com que a massa depositasse suas confianças em um outro conciliador
“mais honesto”. O que importa é demonstrar a falência incondicional de seus
métodos; demonstrar que, independente das melhores intenções de qualquer
reformista, sua política mina as condições ideológicas e organizativas de luta
do proletariado pelo poder e fortalece as condições de domínio da burguesia,
subordina politicamente a independência política do proletariado aos pequenos e
grandes proprietários etc.
Essa tarefa não é
simples, nem pode ser realizada do dia para a noite. Ora, também essa confusão
da consciência política das massas encontra expressão em nossa linguagem
cotidiana: quando ouvimos que “fulano é uma pessoa muito política”, podemos ter
quase certeza de que o fulano em questão não é um revolucionário militante, mas
um conciliador. O trabalho de reorganização e educação política das amplas
massas do proletariado ainda tem pela frente um longo caminho – e só pode
marchar até o fim sob a bandeira vermelha da Revolução Socialista. Justamente
por isso, de nada adianta tomarmos atalhos em direção ao subjetivismo e ao
moralismo, em nossa agitação e propaganda contra o possibilismo: é apenas pelo confronto
aberto entre as perspectivas objetivas das forças políticas da classe
trabalhadora, pela prova da prática e pela polêmica teórica em torno de suas
estratégias e táticas, no combate cotidiano contra o reboquismo, pela
independência revolucionária do proletariado, que será possível desenvolver e
fundir, na luta, o Bloco Revolucionário do Proletariado.
PS: Recentemente, um
camarada perguntou-me sobre a infeliz expressão “oportunismo ‘de esquerda’”. O
camarada queria saber onde, nas obras de Lênin, o bolchevique dizia que o
“esquerdismo” poderia era definido como uma variante “de esquerda” do
oportunismo. Depois de alguma pesquisa, confirmei minha primeira impressão: o
termo não é citado nenhuma vez nos textos mais conhecidos de Lênin sobre o
“esquerdismo”, nem em nenhum outro que pude conferir. Nesses textos, Lênin
refere-se ao esquerdismo como um “doutrinarismo”, e em momento algum equipara
esse “desvio de esquerda” ao outro desvio, diametralmente oposto, de direita.
Com efeito: a falta de firmeza nos princípios teóricos e o doutrinarismo não
podem ser igualados. Em ambos os casos, rompe-se a conexão entre estratégia e
tática – mas, em cada desvio, é um dos aspectos dessa conexão que é tomado
unilateralmente. O oportunismo afoga a estratégia revolucionária no imediatismo
das táticas. O doutrinarismo opera de modo inverso, sacrificando as mediações
táticas de cada estágio que atravessa a luta da classe operária no altar da
performance revolucionária, recusando qualquer luta por reformas e proclamando a
atualidade imediata da insurreição e do programa máximo (e, assim, renunciando
a participar das lutas cotidianas não-revolucionárias, da luta eleitoral, dos
sindicatos etc., também deixa de contribuir de modo consistente para o
desenvolvimento da consciência e organização revolucionária do proletariado,
através de cada um dos estágios de defensiva e contraofensiva que a luta do
proletariado contra a burguesia atravessa).
PS2: Rosa Luxemburgo
escreveu, em setembro de 1898, um texto intitulado Possibilismus und
opportunismus, onde comentou, a respeito da questão linguística e de mérito:
“Os termos são:
possibilismo e oportunismo. Heine acredita que toda a aversão do partido a
estas tendências baseia-se em um mal-entendido acerca do verdadeiro significado
linguístico destas palavras estrangeiras. Ah! O camarada Heine, como Fausto,
estudou jurisprudência com dedicado empenho, mas infelizmente, diferentemente
de Fausto, não estudou, com o mesmo esforço ardente, muito mais que isso. E, no
genuíno espírito de um pensamento jurídico, ele diz a si mesmo: no princípio
era a Palavra. Se quiséssemos saber se o possibilismo e o oportunismo podem
prejudicar ou beneficiar a social-democracia, basta consultar o dicionário de
palavras estrangeiras e a questão estará respondida em cinco minutos. O
dicionário estrangeiro nos informa que o possibilismo é ‘uma política que busca
aquilo que é possível sob determinadas circunstâncias’, e Heine então exclama:
‘de fato, eu pergunto a todas as pessoas sensatas: uma política deveria tentar
alcançar o que é impossível sob determinadas circunstâncias dadas?’ Como
pessoas sensatas, respondemos que, claro, se a solução de questões de política
e tática fosse tão simples, os lexicógrafos seriam os estadistas mais sábios,
em vez de proferir discursos social-democratas, nós deveríamos começar a
promover cursos populares sobre linguística.
Certamente, nossa
política deve e pode apenas se esforçar por aquilo que seja possível sob
determinadas circunstâncias. Mas isso não responde, de forma alguma, como e de
que maneira devemos lutar pelo possível. Esse, contudo, é o ponto crucial.
A questão fundamental
do movimento socialista sempre foi como reconciliar sua atividade prática
imediata com seu objetivo final. As várias ‘escolas’ e tendências do socialismo
diferem umas das outras de acordo com suas diversas soluções para este
problema. E a social-democracia é precisamente o primeiro partido socialista
que entendeu como harmonizar seu objetivo final revolucionário com sua
atividade prática do dia a dia e, desta forma, tem sido capaz de atrair para a
luta grandes massas. […]
É apenas porque nós não
concedemos nem um centímetro de nossa posição que nós forçamos o governo e os
partidos burgueses a nos conceder o pouco que pode ser alcançado em termos de sucesso
imediato. Mas se nós começamos a perseguir o que é ‘possível’ de acordo com o
oportunismo, sem nos preocupar com nossos próprios princípios e por meio das
negociatas, como fazem os estadistas, então logo nos encontraremos na posição
do caçador que não só falhou em matar a caça, mas também perdeu sua espingarda
no processo.
Não são as palavras
estrangeiras (oportunismo, possibilismo) que tememos, como pensa Heine: o que
tememos é a germanização destes termos em nossa prática partidária. Que estas
permaneçam, para nós, palavras estrangeiras. E que, havendo ocasião, que nossos
camaradas evitem desempenhar o papel de intérpretes.” [Disponível em: A outra
Rosa, LavraPalavra, 2021.]
Notas:
[1]
Tradução livre. Disponível em inglês em: https://www.marxists.org/archive/marx/works/1882/letters/82_10_28.htm
[2] htps://www.marxists.org/portugues/lenin/1902/quefazer/anexo.htm
[3]
Tradução livre. Disponível em inglês em:
https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1906/jun/24.htm
[4]
Tradução livre. Disponível em inglês em:
https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1920/dec/06.htm
[5]
Entre outros exemplos: “Quanto mais frequentemente temos ocasião de observar no
nosso tempo como o movimento operário de diferentes países sofre com o
oportunismo em consequência da estagnação e da putrefação da burguesia, em
consequência da absorção da atenção dos dirigentes operários pelas ninharias do
dia etc., mais precioso é o riquíssimo material da correspondência [entre Marx
e Engels], que mostra a profundíssima compreensão dos objetivos transformadores
radicais do proletariado e a definição invulgarmente flexível das tarefas
táticas do momento do ponto de vista desses objetivos revolucionários e sem a
mínima concessão ao oportunismo ou à fraseologia revolucionária.”
Em: https://www.marxists.org/portugues/lenin/1913/mes/correspondencia.htm
Fonte: https://lavrapalavra.com/2021/09/24/o-que-e-oportunismo-notas-linguisticas/
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