Guia da luta dos Comunistas
Giorgos Marinos*
Nesse artigo, Giorgos
Marinos chama a atenção para a mudança de posição de alguns partidos
comunistas. Em vez de lutarem pelo derrubamento do capitalismo, esses partidos
adotam posições reformistas, defendem estratégias de recuperação da soberania
e da independência no âmbito do capitalismo, apoiam governos
que se intitulam de esquerda, mas que, na verdade, não passam de gestores do capitalismo.
A cada dia que passa
confirma-se que a complexidade dos desenvolvimentos econômicos e políticos, a
nível internacional e nacional, requer uma tentativa muito séria e sistemática
de desenvolvimento do trabalho teórico por cada partido comunista e a formação
de uma forte infraestrutura, com capacidade para apoiar a luta ideológica e
política independente dos comunistas, a luta dentro dos sindicatos, dentro do
movimento operário e popular.
Giorgios Marino |
Uma tarefa estável e
permanente é estudar o desenvolvimento do sistema imperialista-capitalista e os
seus escalões, os estados capitalistas, a avaliação exata de cada país no
sistema imperialista, para que a formulação da estratégia e da tática
revolucionárias sejam baseadas nos dados reais e objetivos que ressaltam na nossa
época, época de transição do capitalismo ao socialismo.
Os Partidos Comunistas
gozam de uma enorme vantagem, têm nas suas mãos a obra insubstituível de Marx,
Engels e Lenin, têm como guia a visão de mundo marxista-leninista.
Esta valiosa vantagem
também tem que ver com a obra de Lenine «O Imperialismo, Fase Superior do
Capitalismo» escrita em 1916, dois anos depois de rebentar a 1ª Guerra Mundial
Imperialista, que fazia uso de uma grande quantidade de dados sobre a trajetória
do capitalismo e as suas contradições, das alterações provocadas pelo seu
desenvolvimento. Especialmente as alterações provocadas pela crise de 1873 na
concentração do capital e na criação de uma unidade superior, o monopólio,
resultando em conclusões científicas sobre o novo período capitalista, a sua
fase imperialista.
Com a mesma precisão
científica, Lenin estudou questões políticas que surgem e prestou atenção à
posição histórica do capitalismo na sua última fase imperialista, ensinando a
necessária ligação da economia com a política, dando aos Partidos Comunistas e
à classe operária recursos preciosos.
O
Que é o imperialismo?
Em primeiro lugar, o
imperialismo é o capitalismo na época histórica que começou no final do século
XIX, princípios do século XX e de acordo com a breve definição dada por breve
dada por Lenin: «O imperialismo é a etapa monopolista do capitalismo»,
sublinhando que esta definição não é suficiente para dar uma resposta a todo o
seu conteúdo.
Na sua obra
«Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo», Lenine deu uma definição
completa, destacando as características económicas fundamentais em cinco pontos
[Utiliza-se a tradução destes pontos das Obras Escolhidas em 6 volumes,
Editorial Avante, Lisboa 1984]:
«1) Concentração da
produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou
os monopólios, os quais desempenham um papel decisivo na vida económica;
2) a fusão do capital
financeiro com o capital industrial e a criação, baseada nesse «capital
financeiro», da oligarquia financeira»;
3) a exportação de
capitais, diferentemente da exportação de mercadorias, adquire uma importância
particularmente grande;
4) a formação de
associações internacionais monopolistas de capitalistas que partilham o mundo
entre si:
5) o termo da partilha
territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes. O
imperialismo é o capitalismo na fase de desenvolvimento em que ganhou corpo a
dominação dos monopólios e do capital financeiro, adquiriu marcada importância
a exportação de capitais, começou a partilha do mundo pelos trustes
internacionais e terminou a partilha de toda a Terra entre os países
capitalistas mais importantes.»
Sobre o tema mais
importante, o que é o imperialismo? Há um intenso conflito no Movimento
Comunista. No quadro de um retrocesso ideológico e de forte influência de
concepções burguesas e oportunistas, uma série de Partidos Comunistas entendem
o imperialismo (apenas) como a postura agressiva dos Estados Unidos e outros
estados capitalistas contra outros estados com posições inferiores no sistema
imperialista-capitalista em meios econômicos, políticos e militares.
Trata-se de um problema
muito sério que leva Partidos Comunistas à incapacidade de analisar os
desenvolvimentos com dados reais já que o sistema capitalista e as suas leis,
na nova fase, superior e imperialista, são tratados como apenas por um
elemento, apenas pela política externa agressiva, de estados capitalistas
poderosos que – como se diz – conduz ao debilitamento ou à perda da soberania
dos estados mais pequenos, à perda da independência.
Esta abordagem, que não
pode ver o sistema imperialista (capitalista) como um conjunto tendo como
escalões dos estados capitalistas que não são «idênticos» não são «iguais»,
mas, devido à desigualdade e ao seu poder económico, militar e político tem uma
posição diferente – no sistema – na pirâmide imperialista, não pode compreender
a questão fundamental, que os países capitalistas na época do imperialismo, os
que têm uma base económica monopolista se encontram na etapa imperialista.
Isto não quer dizer que
a Grécia seja o mesmo que a Alemanha, nem que o México seja o mesmo que os EUA.
Tampouco significa uma identificação de objetivos políticos de cada estado e
aliança capitalista e que cancela manobras, compromissos que se podem fazer num
ou noutro momento histórico, sempre com um objetivo permanente que é a promoção
dos interesses dos monopólios.
A desigualdade
capitalista e a desigualdade nas relações económico-políticas são leis básicas
do capitalismo e cada estado burguês serve os interesses dos monopólios a
partir de uma tal posição mais forte, superior ou inferior.
Além disso, a própria
burguesia elege o caminho da cessão de direitos de soberania, por exemplo, numa
aliança imperialista, seja a UE ou a NATO, ou inclusivamente nas relações
interestatais para salvaguarda dos seus interesses gerais de classe, para
encontrar apoios e perpetuar o seu poder. É por isso que as «questões de
soberania» têm uma base de classe e a sua eliminação está ligada à eliminação
das causas que as geram, com o derrube do poder burguês.
A identificação do
imperialismo (apenas) pela política externa agressiva dos estados capitalistas
fortes e desvincular o político do econômico (monopólio) conduzem à
profundamente errada separação da luta anti-imperialista da luta
anticapitalista.
Leva ainda ao
«embelezamento» do papel da burguesia dos «estados mais pequenos».
O problema mais grave é
a mudança do objetivo dos Partidos Comunistas. Em vez da luta pelo derrube do
capitalismo, o imperialismo passa a entrar na utópica procura de estratégias de
recuperação da soberania e independência dentro do capitalismo, com formações
políticas transitórias, chamadas governos «de esquerda», «progressistas» de
gestão burguesa com consequências negativas para o progresso da luta de classes
e fortalecimento do campo capitalista.
No caso de estados da
América Latina é característico, pelo constitui uma importante contribuição
para a luta do Movimento Comunista a análise que faz o Partido Comunista do
México ao revelar o dano provocado pelo chamado «progressismo» e o chamado
«socialismo do século XXI», que se movimentam em capitalismo, conservam o poder
burguês, a lei do lucro dos monopólios, a anarquia capitalista que conduz às
crises.
Tendo em conta a
gravidade do problema é extremamente importante a advertência de Lenine que
assinala enfaticamente que: "Se as raízes económicas deste fenómeno (do
imperialismo) não forem compreendidas, se não se avalia a sua importância
política e social, não se pode avançar no sentido da solução das tarefas
práticas do movimento comunista".
Em segundo lugar,
Lenine estudou e revelou, sobre a base da essência económica e dos contrastes
do imperialismo, as suas características políticas. Fundamentando que o
imperialismo é a última fase do capitalismo, à beira da revolução socialista.
A
importância fundamental da socialização da produção e do trabalho
Lenin assinalou em 1916
que: «O capitalismo na sua fase imperialista conduz diretamente à socialização
mais conjuntural da produção… A produção torna-se social, mas a apropriação
continua a ser individual…Quando a grande empresa se torna enorme e organiza de
forma planificada, segundo o cálculo preciso de uma enorme quantidade de dados,
o fornecimento de matéria-prima em dimensões de 2/3 ou 3/4 da quantidade total
necessária para dezenas de milhões de pessoas»
Quando se organiza
sistematicamente o transporte desta matéria-prima para os pontos mais adequados
para a produção, que podem estar distantes uns dos outros centenas e milhares
de quilómetros. Quando a partir de um centro se dirigem todas as etapas de
tratamento sequencial da matéria-prima até à produção de uma ampla gama de
diferentes produtos finais. Quando a distribuição destes produtos assenta num
plano para dezenas e centenas de milhões de consumidores (venda de petróleo nos
Estados Unidos e Alemanha pelo “Trust do Petróleo dos Estados Unidos”). Então,
torna-se evidente que nos encontramos perante uma socialização da produção ”
(Obras completas, vol. 27, págs. 327 e 432).
Na base do
anteriormente dito, vale a pena examinar a metodologia leninista concentrando o
nosso pensamento nos anos desde 1916 até hoje, em que os traços da socialização
da produção e do trabalho se multiplicaram.
As
tarefas políticas dos Partidos Comunistas
“El imperialismo é a antecâmara da revolução social do proletariado. De
1917 para a frente isto confirmou-se em todo el mundo” (do prefácio da
versão em francês e alemão da obra de V. I. Lénine “O imperialismo, fase superior do capitalismo”
Qual é a questão chave
que justifica esta grande verdade e permite aos Partidos Comunistas a dar um
valente passo em frente, desbloquear-se das decisões estratégicas que não só
não se confirmaram como remetem para períodos históricos passados, em que a
burguesia era a força social de vanguarda contra o feudalismo?
A Grande Revolução de
Outubro mostra o caminho. É a revolução socialista em princípios do século 20
num país agrário relativamente atrasado em que (entretanto) se tinham criado as
pré-condições materiais para a construção da nova sociedade socialista.
A necessidade do
socialismo está hoje multiplicada uma vez que o capitalismo se desenvolveu
muito e formou uma base económica (monopolista) forte, com infra-estruturas de
alto nível, meios tecnológicos que permitem o aumento da produtividade do
trabalho.
Amadurecimento das
condiciones materiais. Esta é a questão básica que o desenvolvimento do
capitalismo na etapa imperialista resolveu e que determina a natureza do nosso
tempo como tempo de transição do capitalismo ao socialismo.
O estudo dos
desenvolvimentos e o efetivo debate que teve lugar no 19º Congresso do KKE
(primavera de 2013) fundamentaram que a Grécia está numa posição intermédia na
pirâmide imperialista internacional, com dependências em relação aos EUA e à
UE.
No programa do KKE, que
foi aprovado no 19º Congresso refere-se que: “O povo grego libertar-se-á das cadeias da exploração capitalista e das
uniões imperialistas quando a classe operária com os seus aliados leve a cabo a
revolução socialista e avance na construção do socialismo-comunismo.
O
objetivo estratégico do KKE é a conquista do poder operário revolucionário, ou
seja, a ditadura do proletariado, para a construção socialista como fase
imatura da sociedade comunista.
A mudança revolucionária na Grécia será socialista”.
O nosso partido não se
limita à necessidade do socialismo, mas sobre a base do estudo dos
desenvolvimentos econômicos e sociais acentua que o socialismo é a única
alternativa, é necessário e muito atual.
Os problemas duradouros
e acentuados não resolvidos que a classe operária enfrenta surgem do domínio,
fortalecimento expansão do capital monopolista em todos os sectores da economia
e da vida social. É inaudita a acumulação de capital, é grande o aumento da
produtividade do trabalho.
A eclosão da crise económica
capitalista em 2008 pôs ainda mais em evidência a natureza historicamente
ultrapassada e brutal do sistema capitalista, a atualidade e a necessidade do
socialismo, a necessidade de reagrupamento do movimento comunista
internacional, da emancipação do movimento operário e popular.
Contribuiu para a
intensificação das desigualdades e das contradições interimperialistas, para
alterações na correlação de forças e reposicionamentos na pirâmide imperialista
internacional, para a intensificação das contradições interimperialistas que
são a base das guerras imperialistas.
O nosso partido
concentra-se no fortalecimento do reagrupamento do movimento operário e na
construção de uma aliança popular-social que expressa os interesses da classe
operária, dos semiproletários, dos autónomos e agricultores pobres, dos jovens
e das mulheres da classe operária e das camadas populares na luta contra os
monopólios e a propriedade capitalista, contra a integração do país nas uniões
imperialistas, por exemplo, na UE na NATO.
No programa do KKE
declara-se que: “O agrupamento da maioria da classe operária com o KKE e a atração
das secções avançadas dos sectores populares passará por várias fases. O
movimento operário, os movimentos dos trabalhadores autónomos nas cidades e dos
camponeses e a forma de expressão da sua aliança (a Aliança Popular) com objetivos
antimonopolistas e anticapitalistas, com a atividade de vanguarda das forças do
KKE em condições não revolucionárias, constituem a primeira forma da criação de
uma frente operária e popular revolucionária em condições não
revolucionárias.”.
“Em condições de
situação revolucionária, a frente operária e popular revolucionária, utilizando
todas as formas de atividade, pode converter-se no centro do levantamento
popular contra o poder capitalista….”.
Sobre
a decomposição do capitalismo
Da experiência
acumulada nos estados capitalistas confirma-se a posição leninista sobre a
decomposição do capitalismo na etapa imperialista. Os fenómenos de
decomposição, escândalos etc. proliferam, mas é necessária atenção uma vez que
é obvio que a decomposição não conduz diretamente ao colapso do capitalismo, o
sistema defende o seu poder. por todos os meios E portanto é necessário
intensificar os esforços dos Partidos Comunistas para o fortalecimento da luta
ideológica, política e de massas, para a formação da consciência de classe da
classe operária com uma estratégia que favoreça o desenvolvimento da luta
antimonopolista e anticapitalista para que, sobre uma base forte se faça um
esforço sistemático de concentração e preparação de forças operarias e
populares numa direção de ruptura e derrubamento.
Crítica
de Lenin ao Renegado Kautsky
Lenin comprovou na
prática que a luta contra o oportunismo é um elemento essencial da luta contra
o imperialismo-capitalismo, para o seu derrubamento.
É muito importante
deste ponto de vista revelar as posições errôneas do renegado Kautsky que
argumentou que: “O imperialismo é produto
do capitalismo industrial altamente desenvolvido. Consiste na tendência de cada
nação industrial capitalista para incorporar ou submeter mais e mais extensas
zonas rurais (sublinhado de Kautsky), independentemente das nações que as
habitam”.
A Primeira Guerra
Mundial foi imperialista de ambos os lados, do lado da ENTENTE (Inglaterra,
França, Rússia, etc.) e da aliança da Alemanha, foi uma guerra entre duas
coligações de estados capitalistas pela repartição territorial do mundo, e as
posiciones dos oportunistas desvinculavam a política da economia viam o
imperialismo como política de anexação de territórios por parte dos estados
capitalistas poderosos.
Lenin acentuou que a
definição de Kautsky “não serve
absolutamente para nada, posto que é unilateral, ou seja arbitraria e destaca
tão só o problema nacional (se bem que da maior importância, tanto em si como
na sua relação com o imperialismo), enlaçando-o arbitraria e erroneamente
apenas com o capital industrial dos países que anexam outras nações, colocando
em primeiro lugar, da mesma forma arbitraria e errónea, a anexação das regiões
agrarias. O imperialismo é uma tendência para as anexações: a isso se reduz a
parte política da definição de Kautsky”.
Uma vez que há debate e
divergência no movimento comunista, queremos assinalar que Lenin falou,
evidentemente, em princípios do século XX, de um pequeno grupo de países que
tinha uma posição de liderança no mercado mundial graças aos trustes, aos
cartéis, às colônias, às relações transnacionais de estados-credores e
estados-devedores.
O próprio Lenin mesmo,
contudo, ensina-nos que o capitalismo se desenvolve, que a assimetria
capitalista conduziu e conduz a alterações significativas na posição dos
estados capitalistas no sistema imperialista.
Na prática resulta que
em nas décadas anteriores, com a luta dos povos e o contributo da União
Soviética, foi derrubado o regime colonial e os países coloniais conquistaram a
sua independência estatal.
Tomando em conta esta
realidade, cremos que o que expressa corretamente o movimento no nosso tempo
pode condensar-se na análise que acentua que todos os Estados capitalistas, nos
quais desde há muito se desenvolveu o capitalismo monopolista, participam no
sistema imperialista, existe uma interdependência desigual e cada estado influi
segundo o seu poder económico, político e militar, segundo o critério da
representação e promoção dos interesses “dos seus próprios” monopólios.
Estes dados
permitem-nos interpretar com um critério de classe o papel de cada estado e
aliança, permitem posicionar-nos sobre o papel da aliança de estados
capitalistas, por exemplo da UE e dos BRIC, a postura por exemplo de Rússia e
China, que cumprem a sua função em nome dos monopólios russos e chineses na
concorrência internacional com os Estados Unidos, a UE, Japão e outros, pelo
controlo dos mercados e dos recursos naturais e muito mais hoje em dia pelo gás
natural, o petróleo, a energia.
CONCLUSÕES
Cremos que é uma
questão chave para os Partidos Comunistas o estudo dos desenvolvimentos na base
de todos os traços (homogéneos) Leninistas, e a elaboração da estratégia sobre
a base da grande verdade de que o imperialismo é o capitalismo em decomposição
e a nossa época é a época de transição do capitalismo ao Socialismo.
Armados com a obra de Lenin
podemos superar as dificuldades e posicionar-nos com princípios ante as guerras
imperialistas resultantes da agudização das contradições e rivalidades
interimperialistas e combater a pressão das forças burguesas e oportunistas que
conduz ao apoio dos interesses da burguesia “do nosso país”, desarmando a
classe operária, condenando-a a mover-se “sob bandeira alheia”, a escolher
imperialista ou aliança imperialista.
Estas anotações não têm
só que ver com a postura dos comunistas ante a guerra imperialista, mas também
com a sua postura face às alianças imperialistas e muitos outros temas da luta
política.
Recentemente o KKE,
posicionando-se sobre o referendo na Grã-Bretanha e a decisão sobre o BREXIT refere
que:
“O resultado demonstra o descontentamento acrescido das forças operárias
e populares em relação à UE e às políticas antipopulares”, e sublinha que este
descontentamento deve libertar-se das opções de parcelas e forças políticas da
burguesia e alcançar características anticapitalistas radicais.
O
resultado reflete a frustração das expectativas, que todos os partidos
burgueses – também na Grécia - desde há anos cultivavam, juntamente com os
grupos da UE, de que supostamente os povos poderiam prosperar dentro da UE.
A
necessária condenação da aliança de lobos do capital, a UE, a luta pela
libertação desta por parte de cada país, para que sejam eficazes devem estar
articuladas com a necessidade de derrubar o poder do capital, com o poder
operário-popular. A aliança social da classe operária e de outros sectores
populares, o reagrupamento e o fortalecimento do movimento comunista
internacional é uma condição para abrir este prometedor caminho”.
Esta conclusão, esta
orientação realmente ilumina o caminho do derrubamento e não as posições que
estão constantemente em busca de “passos” e “níveis” no terreno do capitalismo,
projetando vários substitutos, colocando obstáculos na luta anticapitalista
necessária para o derrubamento da barbárie capitalista.
A experiência do
movimento comunista mostra que a independência ideológica e organizativa dos
Partidos Comunistas é um princípio de grande importância, que quando é violado
conduz a desvios e mutações oportunistas.
A independência
ideológica e organizativa como estratégia que responde às exigências atuais da
luta de classes no sentido da concentração de forças para o derrubamento do
capitalismo e não o enredamento na lógica das etapas intermédias de gestão do
capitalismo são ferramentas muito importantes para a luta dos Partidos
Comunistas e o reagrupamento do movimento comunista.
* Giorgos Marinos é
membro da Comissão Política do CC do Partido Comunista da Grécia.
Este texto foi escrito
para El Machete, revista teórica do Partido Comunista do México.
Tradução de José Paulo
Gascão
Fonte:http://www.odiario.info/a-teoria-leninista-sobre-o-imperialismoguia/
Edição: Que Fazer.
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