O texto,
de Mao Tsetung, "Atenção às condições de vida das massas e
aos métodos de trabalho", publicado pelo site (atualmente
desativado) do Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho (CeCAC), foi escrito em
janeiro de 1934, quando a China vivia o período da segunda guerra civil
revolucionária. Reproduzimos abaixo a introdução do CeCAC e o texto de Mao
Tsetung.
Introdução
A questão central
colocada por Mao é: a guerra revolucionária é uma guerra das massas, uma luta
política de massas, assim, se o povo não está mobilizado não existe revolução,
não há como derrotar o inimigo, não há a possibilidade do povo tomar o poder.
Mao, dirigindo-se aos
camaradas do Partido, discute porque em algumas regiões, naquele momento, o
povo se mobilizou, engrossou as fileiras do exército revolucionário e em outras
não. É importante destacar que, mesmo não sendo um período de ofensiva
estratégica da luta do povo chinês, em 1934, a guerra civil (guerra popular) já
estava em curso e o Exército Vermelho resistia às campanhas de “cerco e
aniquilamento” do exército do Kuomintang, comandado por Chiang Kai-shek.
Com a perspectiva de
“mobilizar as amplas massas para tomarem parte na guerra revolucionária e,
assim, derrotar o imperialismo e o Kuomintang”, indaga: "Queremos o apoio
das massas?" Ao responder, expõe um princípio importante na construção da
linha justa no trabalho político dos comunistas, para que as massas tomem a
Revolução em suas mãos: "Se queremos, devemos ir para o meio das massas,
despertá-las para a atividade, preocupar-nos com seu bem-estar e os seus
sofrimentos; e trabalhar séria e sinceramente em defesa de seus interesses e em
resolver seus problemas de produção e de condições de vida, seus problemas de
sal, arroz, casa, vestimenta, de parto, em suma, todos os seus problemas. Se
assim fizermos, as amplas massas certamente nos darão apoio e verão a revolução
como sua própria vida e sua mais gloriosa bandeira". A vida da vanguarda e
a vida das massas devem estar, desse modo, intimamente entrelaçadas.
Mao combate, ao mesmo
tempo, o que chama de método burocrático de direção, que identifica como o de
lançar objetivos gerais, deslocados ou sem ligá-los aos problemas concretos das
massas, sem tratar, ou mesmo ignorar, as questões que o povo enfrenta no seu
dia-a-dia.
Neste texto, as
posições de Mao Tsetung expressam a tese marxista-leninista que aponta para a
fusão do movimento de massas com a teoria marxista, realizada pelo partido
revolucionário a fim de intensificar a luta de classe política dos oprimidos,
no caso da China, a guerra popular. Portanto, o objetivo do partido
revolucionário do proletariado é dirigir e mobilizar as massas a fim de
derrotar o inimigo, conquistar o poder e construir o socialismo rumo à
sociedade comunista. E desta forma avançar nas soluções para os problemas de
condições de vida do povo. Mas tal objetivo só é passível de ser alcançado se a
luta política, o partido, os revolucionários estiverem integrados, enraizados
na luta de classe econômica, nas reivindicações materiais das massas.
Mao Tsetung rompe com
qualquer tipo de idealismo, de subjetivismo ou fuga do papel dos comunistas no
processo revolucionário. Nesse sentido, não há porque – como é característica
da atuação de pseudovanguardas – bater-se contra a realidade, contra as
condições adversas que se colocam pela frente, lamentar-se da vida, da
“despolitização”, da “alienação”, da “desmobilização” ou “atraso” no
desenvolvimento da luta. Ou de se idealizar estágios mais avançados da luta de
classes se não se trabalha energicamente e sem tergiversar no trabalho
paciente, cotidiano, tenaz, longo de ligar-se às massas, mobilizando-as,
educando-as e organizando-as com uma linha política e ideológica justa.
A revolução coloca
tarefas objetivas em cada conjuntura, assume forma específica em cada realidade
e pode se modificar em cada momento e estágio da luta de classes. Mao aponta
que é preciso partir dos interesses imediatos das massas, das suas
reivindicações econômicas e políticas objetivas, fazendo-as compreender as
tarefas de ordem mais elevada, a cada momento. Tratar das questões mais
elementares da vida do povo, das suas reivindicações concretas é a base para
mobilizá-lo e incorporá-lo no processo revolucionário. Tratar estas questões,
por mais elementares que pareçam é uma permanente tarefa colocada para os
revolucionários.
Para tanto, é
necessário dedicar profundo interesse aos problemas das condições de vida das
massas, não subestimar por pouco que sejam esses interesses imediatos, pois são
as massas “as muralhas de bronze e ferro que nenhuma força, absolutamente
nenhuma, pode quebrar”.
Mao ressalta também a
necessidade de combater os métodos de trabalho burocráticos (substituindo-os
por métodos práticos e específicos) e autoritários (substituindo-os pela
paciente persuasão), e, como afirma num outro texto, há que ser aluno antes de
ser professor, ouvir as massas, aprender com elas e educá-las num longo, no
mais das vezes silencioso, e cotidiano processo de integração e enraizamento.
Atenção
às condições de vida das massas e aos métodos de trabalho
Mao Tsetung
Este trabalho constitui
parte da intervenção de encerramento no II Congresso Nacional da República
Soviética da China, realizado em janeiro de 1934, em Juikin, província de
Kiangsi.
Há dois problemas que
os camaradas deixaram de destacar nas discussões e que, parece-me, devem ser
objeto de explanação.
O primeiro problema
refere-se às condições de vida das massas.
Nossa tarefa central,
no momento, é mobilizar as amplas massas para tomarem parte na guerra
revolucionária e, assim, derrotar o imperialismo e o Kuomintang, levar a
revolução ao país inteiro e expulsar o imperialismo da China. Não é um bom
revolucionário aquele que encara levianamente essa tarefa central. Se os nossos
camaradas realmente tomarem em mãos essa tarefa central e compreenderem que a
revolução precisa absolutamente ser levada a todo o país, então não lhes será
possível subestimar, por pouco que seja, nem encarar levianamente o problema
dos interesses imediatos das amplas massas, o problema de suas condições de
vida. Como a guerra revolucionária é uma guerra de massas, só poderemos levá-la
a cabo mobilizando as massas e apoiando-nos nelas.
Poderemos alcançar
nosso objetivo de derrotar o inimigo se não fizermos nenhum outro trabalho a
não ser mobilizar o povo para levar a cabo a guerra? Está claro que não. Se
quiser vencer, temos ainda muito trabalho a fazer - dirigir os camponeses nas
lutas agrárias e distribuir a terra entre eles; despertar neles o entusiasmo
para o trabalho, de forma a elevar a produção agrícola; defender os interesses
dos operários; fundar cooperativas; desenvolver o comércio com as áreas
exteriores; resolver os problemas com que se defrontam as massas, problemas de
roupa, alimentação e habitação, de combustível, arroz, óleo e sal, de saúde e
higiene e de casamento. Em suma, todos os problemas com que se defrontam as
massas em sua vida real devem merecer a nossa atenção. Se tomarmos com decisão
esses problemas, e os resolvermos de forma a satisfazer as massas, seremos
realmente os organizadores da vida das massas e elas realmente se reunirão em
torno de nós e nos apoiarão calorosamente. Camaradas, poderemos então conclamar
as massas a participarem na guerra revolucionária? Certamente que poderemos.
Encontramos o seguinte
estado de coisas entre o nosso pessoal. Fala-se apenas em aumentar o Exército
Vermelho, em ampliar as equipes de transporte, coletar impostos territoriais e
promover subscrição para os bônus; quanto a todas as outras questões, não se
fala nem se cuida delas, são até ignoradas por completo. Por exemplo, houve uma
época em que o Governo Municipal de Tingchow, voltado para a expansão do
Exército Vermelho e a mobilização do pessoal para as equipes de transporte, não
dava a menor atenção aos problemas das condições de vida das massas. Os
problemas que afligiam as massas da cidade de Tingchow eram a falta de lenha, o
sal que desapareceria no mercado porque os capitalistas o açambarcaram; o fato
de que algumas pessoas não terem casa para morar; e a escassez e o alto preço
do arroz. Eis os problemas práticos com que se defrontavam as massas do povo da
cidade de Tingchow e para cuja solução impacientemente esperavam nossa ajuda.
Mas o Governo Municipal de Tingchow não discutia nenhuma dessas questões. Por
isso, depois de várias reuniões em que se discutiu apenas a expansão do
Exército Vermelho e a mobilização para as equipes de transporte, ficando porém
completamente esquecidas as condições de vida das massas, os cento e tantos
delegados recém-eleitos para congressos dos operários e camponeses da cidade de
Tingchow não mostraram interesse em continuar comparecendo ao congresso ou em
realizar outras reuniões. Como resultado, muito pouco se conseguiu quanto à
expansão do Exército Vermelho e à mobilização para as equipes de transporte.
Eis aqui uma das situações existentes.
Camaradas,
provavelmente lestes os folhetos que vos foram dados sobre os dois
hsiang-modelo. Ali a situação é oposta. Quanto cresceu o Exército Vermelho no
hsiang de Chang-Kang [1], em Kiangsi, e no hsiang de Tsaiki [2], em Fukien! No
hsiang de Changkang, oitenta por cento dos homens e mulheres de meia-idade
ingressaram no Exército Vermelho; no de Tsaiki, oitenta e oito por cento dos
homens entraram para o Exército Vermelho. As subscrições dos bônus foram também
notáveis: o hsiang de Changkang, com uma população de apenas 1.500 pessoas,
contribuiu com o valor de 4.500 dólares de prata. Houve também grandes realizações
em outras esferas de trabalho. Qual a razão? Uns poucos exemplos tornarão isto
claro. No hsiang de Changkang um incêndio destruiu um compartimento e cerca de
metade de outro da casa de um camponês pobre e o governo do hsiang apelou para
as massas, pedindo-lhes que ajudassem com dinheiro esse camponês. Três pessoas
estavam passando fome e o governo do hsiang e a sociedade de ajuda mútua
imediatamente começaram a angariar arroz para socorrê-las. Na fome do último
verão, o governo do hsiang obteve arroz no município de Kunglueh [3], a mais de
200 li de distância, para socorrer as massas. No hsiang de Tsaiki, realizou-se,
também, muito bom trabalho no mesmo sentido. Tais governos de hsiang são
realmente modelos em sua espécie. São absolutamente diferentes do Governo
Municipal de Tingchow, com seu método burocrático de direção. Precisamos
aprender com os hsiang de Changkang e Tsaiki, e opor-nos aos dirigentes
burocráticos como os da cidade de Tingchow.
Proponho solenemente a
este Congresso que dediquemos profundo interesse aos problemas e às condições
de vida das massas, desde o problema da terra e do trabalho até o do
combustível, do arroz, do óleo de cozinha e do sal. As massas de mulheres
querem aprender a arar e a capinar. Quem é que vamos mandar para ensiná-las? As
crianças precisam de ir à escola. Foi criada alguma escola primária? A ponte de
madeira, acolá, é demasiado estreita e os pedestres podem escorregar. Não se há
de mandar reparar a ponte? Muitas pessoas estão com furúnculos ou têm outras
doenças. Que medidas vamos tomar? Todos esses problemas relativos às condições
de vida das massas devem ser colocados na nossa ordem-do-dia. Devemos discutir
essas questões, tomar resoluções sobre elas, agir e controlar os resultados.
Devemos fazer as amplas massas compreenderem que nós representamos os seus
interesses, que a nossa vida e a delas estão intimamente entrelaçadas. Devemos
fazê-las compreender, partindo dessas questões, as tarefas de ordem mais
elevada que nós propomos, isto é, as tarefas da guerra revolucionária, de forma
que elas apóiem a revolução e a levem ao país inteiro, respondendo aos nossos
apelos políticos e lutando até o fim pela vitória da revolução. As massas do
hsiang de Changkang dizem: "O Partido Comunista é realmente bom - ele pensou
em tudo para nós!" Pessoal exemplar o do hsiang de Changkang! Digno de
estima o pessoal do hsiang de Changkang! Conquistaram a afeição genuína das
amplas massas; seu apelo em favor da mobilização para a guerra mereceu o apoio
das amplas massas. Queremos conquistar o apoio das massas? Queremos que as
massas dediquem todos os seus esforços à frente de guerra? Se queremos, devemos
ir para o meio das massas; despertá-las para a atividade; preocupar-nos com o
seu bem-estar e os seus sofrimentos; e trabalhar séria e sinceramente em defesa
de seus interesses e em resolver seus problemas de produção e de condições de
vida, seus problemas de sal, arroz, casa, vestimenta, de parto, em suma, todos
os seus problemas. Se assim fizermos, as amplas massas certamente nos darão
apoio e verão a revolução como a sua própria vida e sua mais gloriosa bandeira.
No caso do Kuomintang lançar ataques contra as áreas vermelhas, as amplas
massas arriscarão a vida na luta. Não pode haver dúvida a respeito disso: pois
não é fato que esmagamos a primeira, a segunda, a terceira e a quarta campanha
de "cerco e aniquilamento" lançadas pelo inimigo?
O Kuomintang, pondo em
prática sua diretiva de construir fortins [4], está levantando um sem-número de
cascos-de-tartaruga [5], como se fossem muralhas de bronze e ferro. Camaradas,
serão realmente muralhas de bronze e de ferro? De forma alguma! Pensem bem:
durante milhares de anos, as fortalezas e palácios dos imperadores feudais não
conseguiram resistir a tudo? Mas desmoronaram um após outro no momento em que
as massas se levantaram. O tzar da Rússia foi um dos mais ferozes governantes
do mundo. Mas continuou a sê-lo depois que estalou a revolução do proletariado
e do campesinato? Não, não continuou. E as suas muralhas de bronze e ferro?
Tudo desmoronou. Camaradas, quais são realmente as muralhas de bronze e ferro?
São as massas, as massas de milhões e milhões que honesta e seriamente apóiam a
revolução. Elas formam, de fato, as muralhas de bronze e ferro que nenhuma
força, absolutamente nenhuma, pode quebrar. As forças contra-revolucionárias
não poderão jamais vencer-nos, mas nós, sim, as venceremos. Unindo as massas de
milhões e milhões em torno do governo revolucionário e expandindo nossa guerra
revolucionária, seremos capazes de liquidar qualquer contra-revolução e tomar o
poder na China inteira.
O segundo problema
refere-se aos métodos de trabalho.
Somos os dirigentes e
organizadores da guerra revolucionária, assim como os dirigentes e
organizadores da vida das massas. Organizar a guerra revolucionária e melhorar
as condições de vida das massas são as nossas duas principais tarefas. Aqui nos
defrontamos com o sério problema dos métodos de trabalho. Não nos basta propor
tarefas; devemos também resolver o problema dos métodos de cumpri-las. Nossa tarefa
pode consistir em atravessar um rio, mas não poderemos atravessá-lo sem uma
ponte ou um barco. Sem resolver o problema da ponte ou do barco, toda conversa
sobre a travessia do rio seria conversa fiada. Sem resolver o problema dos
métodos, é pura tolice falar de tarefas. Sem atentar para o plano de direção na
expansão do Exército Vermelho, sem dar importância aos métodos de expandi-lo,
não alcançaremos o sucesso final, mesmo que repitamos mil vezes a frase
"expandir o Exército Vermelho". Além disso, nas investigações sobre a
terra [6], na construção econômica, na cultura e educação, e no trabalho nas
áreas recém-libertadas, bem como nos distritos situados na periferia de nossas
áreas, enfim, em qualquer espécie de trabalho, não poderemos cumprir nenhuma de
nossas tarefas se apenas nos limitarmos a colocá-las, sem nos preocuparmos com
os métodos de realizá-las, sem combatermos os métodos burocráticos de trabalho,
substituindo-os, métodos de trabalho práticos e específicos, e sem abandonarmos
o método autoritário de trabalho, substituindo-o pelo método de persuasão
paciente.
Os camaradas do
Hsingkuo realizaram um trabalho de primeira ordem e merecem nosso louvor como
trabalhadores-modelo. Da mesma forma, os camaradas do nordeste de Kiangsi
fizeram excelente trabalho e são também trabalhadores-modelo. Os camaradas de
Hsingkuo e do nordeste de Kiangsi, ao ligarem a vida das massas com a guerra
revolucionária, resolverem ao mesmo tempo o problema dos métodos de trabalho
revolucionário e o problema das tarefas revolucionárias. Eles estão trabalhando
conscienciosamente e resolvendo os problemas com cuidado minucioso. Assumiram
seriamente sua responsabilidade diante da revolução; são bons organizadores e
dirigentes da guerra revolucionária, assim como bons organizadores e dirigentes
da vida das massas. Além disso, em alguns lugares como nos municípios de
Shanghang, Changting e Yungting no Fukien; em Sikiang e outros lugares do sul
do Kiangsi; em algumas localidades nas comarcas de Chaling, Yungsin e Kian, na
Área Fronteiriça Hunan Kiangsi; em alguns lugares no condado de Yangsin na Área
Fronteiriça Hunan-Hupei-Kiangsi, e em Juikin - condado diretamente administrado
pelo Governo Central - nesses lugares os camaradas têm logrado êxito em seus
trabalho e da mesma forma merecem nosso louvor.
Em todos os lugares sob
nossa direção, não há dúvida que surgiram do seio das massas muitos quadros
ativos, camaradas que podem realizar excelente trabalho. Esses camaradas
carregam sobre os ombros uma responsabilidade - a de melhorar o trabalho nos
lugares em que este não é bem feito e ajudar os camaradas ainda não
competentes. Estamos frente a frente com uma grande guerra revolucionária,
precisamos romper o "cerco e aniquilamento" em grande escala que o
inimigo está executando e precisamos levar a revolução ao país inteiro. Todos
os revolucionários têm sobre seus ombros uma enorme responsabilidade. Depois
deste congresso, devemos adotar medidas práticas para melhorar o nosso
trabalho; as áreas adiantadas devem adiantar-se ainda mais e as áreas atrasadas
devem alcançar as adiantadas. Precisamos fazer aparecer milhares de hsiangs,
como o de Changkang e inúmeros municípios como o de Hsingkuo. Essas devem ser
as nossas firmes bases. Desde que contemos com elas, seremos capazes de reduzir
a frangalhos a campanha do inimigo de "cerco e aniquilamento" e
derrubar o domínio do imperialismo e do Kuomintang em todo o país.
27 de janeiro de 1934.
Notas:
[1] Cantão do distrito
de Sigkuo, província de Chiangsi.
[2] Cantão do distrito
de Shangjang, província de Fukién.
[3] Um dos distritos
das zonas vermelhas de Chiangsi, que tinha por centro o povoado de Tungku, o
Sudeste do distrito de Chían. A esse distrito deram o nome de Kunglueh para
honrar a memória do camarada Jaung Kunglueh, comandante do 3º Corpo do Exército
Vermelho, morto em outubro de 1931.
[4] Em julho de 1933,
na conferência militar realizada em Lushan, província de Chiangsi, Chiang
Kai-shek decidiu construir fortins em torno das zonas vermelhas como um nova
tática militar para sua quinta campanha de "cerco e aniquilamento".
Estima-se que, até fins de janeiro de 1934, haviam levantado no total 2.900
fortins em Kiangsi. Esta tática de Chiang Kai-shek foi estabelecida também
pelos invasores japoneses em seus combates contra o VIII Exército e o Novo 4º Corpo
de Exército. Os fatos históricos têm confirmado a plenitude, seguindo a
estratégia da guerra popular do Camarada Mao Tse Tung, é completamente possível
frustar e vencer a tática contra-revolucionária de fortins.
[5] Nome dado pelo povo
às casamatas para onde se retiravam os soldados do Kuomintang quando atacados,
que se parecia muito com o recuo da tartaruga para dentro de sua carapaça.
[6] Medida tomada
depois da reforma agrária para averiguar se a terra havia sido distribuída de
maneira adequada.
[*] Mao-Tse-tung, Obras
Escolhidas/em quatro volumes - Volume Primeiro, Editorial Vitória - Brasil –
1961
Edição: Que
Fazer.
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